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Neste blog você encontrará material resumido sobre a história do cristianismo. Há muita informação.
Mas nosso maior desejo é que este material lhe traga sede por um conhecimento aprofundado da Palavra de Deus, pois ela é poderosa para nos salvar e transformar.
Utilize o índice abaixo para fazer pesquisas por século.
Também te sugiro outros textos de reflexão e analise de temas de nosso dia-a-dia que estão listado logo abaixo.

Professor Dionísio Hatzenberger
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Cristianismo nos séculos VII e VIII


SÉCULO VII

CARACTERÍSTICAS DA IGREJA DO SÉCULO VII
Ignorância do clero, eram em grande números analfabetos;
A literatura que era lida pela população tratava-se de obras sobre os milagres, em sua grande parte falsas, sobre os milagres e vida dos santos;
Mosteiros mostravam-se viciados e acomodados. Havia disputa de terras com os padres;
Crescia a ambição entre o clero;
Criação do título de Bispo Universal dado ao Papa;
Pregação do evangelho em muitos lugares do mundo;
Cito Anglin:
“No ano 626, os nestorianos, discípulos de Nestor, pa¬triarca de Constantinopla, chegaram até a China, pregan¬do o Evangelho com grande êxito. No século dezessete al¬guns jesuítas descobriram, próximo de Singapura, um mo¬numento de mármore muito interessante, medindo sessen¬ta pés de comprido por cinco de largura. Vêem-se nele al¬guns caracteres ,em língua siríaca e outros em língua chine¬sa, e estão colocados em vinte e oito colunas paralelas, cada. uma de sessenta e duas palavras. Juntamente com os nomes de alguns missionários nestorianos; encontra-se no monumento uma exposição da introdução do cristianismo no país, e uma confissão de fé a que poucos cristãos se ha¬viam de opor. Os nestorianos trabalharam na China até quase o fim do século VIII, mas por esse tempo o governo tornou-se invejoso da sua influência no país, e parece que, ou foram exterminados ou expulsos do território. Outros dos seus missionários chegaram até a Pérsia, e Síria e a costa de Malabar, mas supõe-se que não penetraram mui¬to pelo interior da Índia.”

622 - Surge o Islamismo;
Resumo:
Muhammad e sua pregação;
Reescreve histórias bíblicas;
Jihad, a Guerra Santa para instaurar o governo de Allah;
Uma breve narrativa do desenvolvimento do credo Islâmico:
No período anterior à ascendência do Islã, a Arábia nada mais era do que um conglomerado de muitas tribos politeístas que figuravam naquela árida península e que, na sua grande maioria, tinham uma vida nômade voltada ao comércio, e outras poucas sedentárias residiam em vilas que surgiam ao redor de poços ou oásis.
Na maioria das vezes, além da língua comum e das hostilidades, praticamente não havia vínculos entre as tribos. Porém havia algo que às ligava: no imaginário coletivo havia um passado histórico em comum. Isto estava impregnado no subconsciente destas tribos, era ensinado de geração em geração nos clãs.
Consideravam-se parentes. Numa raiz mais ampla, diziam-se ‘semitas’, ou seja, descendentes de Sem, um dos filhos de Noé. E num recorte menor consideravam-se descendentes de Abraão, e mais especificamente de Ismael, ou seja: ismaelitas.
Ismael, segundo a tradição judaica e bíblica foi tido com a serva Hagar, pois a esposa de Abraão, Sara, era estéril
. Mesmo sendo o primogênito, quando souberam da gravidez de Sara, treze anos mais tarde, da qual iria nascer Isaque, Ismael foi rejeitado por Abraão a pedido de Sara, inclusive perdendo todo o direito de herança. Abraão o levou para o deserto junto com sua mãe e ali os deixou apenas com um jarro d’agua. A história conta que Deus através de um anjo lhes deu um poço. Isto teria ocorrido pelo fato de Ismael não ser o filho que Yavé lhes havia prometido. Este poço, segundo a tradição árabe-beduínica seria a fonte sagrada de Zem-zem, situada próxima da Caaba em Meca. A própria Bíblia afirma que Ismael daria origem a um grande povo que habitaria no deserto, próximo de seu irmão Isaque, que deu origem a Israel.
Esta narrativa toda tem também eco no relato de historiadores israelitas2. Segundo também a Bíblia3, Ismael casou-se com uma egípcia e teve doze filhos, os quais deram origem à doze tribos que habitaram toda a região que está entre o rio Eufrates e o Mar vermelho, sendo sua descendência os árabes.
Todo este enredo, talvez não estivesse no imaginário coletivo árabe de forma tão clara quanto aqui relatada, mas o certo é que havia pelo menos uma idéia superficial deste passado que lhes dava certeza quanto à sua comum origem. Na bíblia também, em muitos momentos fala-se dos ‘ismaelitas’ como sendo um povo que vivia no deserto, que tinha caravanas, que faziam o comércio. E isto inclusive em relatos de momentos cronológicos mais distantes. O que prova, que mesmo com o passar dos tempos este título não se apagara.
Esta história atravessou séculos, tanto é que figurava claramente no imaginário dos primeiros séculos da cristandade, tanto é que para os cristãos a este relato tinha um significado especial, pois figurava em uma das alegorias escritas pelo Apóstolo Paulo ao fiéis da Galácia, onde se comparava Ismael aos frutos da carne e Isaque aos frutos do Espírito, um como filho da escravidão e outro como filho da liberdade.
Muhammad nasceu em torno do ano de 1570 d.C. Momento em que tanto o judaísmo havia se espalhado por muitas regiões do oriente próximo como também o cristianismo tomava caráter de grande religião alastrando-se rapidamente inclusive na Arábia. A cidade de Meca, onde Muhammad vivia, abrigava, assim como a própria Medina uma grande população judia, ou mesmo árabes convertidos ao judaísmo, além disso Maomé também conhecia muitos cristãos que viviam na sua cidade, outros que trabalhavam na sua empresa e alguns de seus parentes também haviam se convertidos à fé em Jesus Cristo, relatos afirmam que um primo-irmão da mulher de Mohammad conhecia bem as Escrituras, inclusive lia o hebraico e até o aramaico. Assim sendo Muhammad conhecia muito bem as histórias bíblicas, e esse conhecimento hebraico-cristão, essa lógica monoteísta permaneceu para sempre no discurso e na fé expressa por ele.
Portanto, é claro: na Arábia em que nasceu Muhammad haviam muitos grupos religiosos, a maioria mantinha a fé de suas tribos politeístas e outros estavam convertidos a doutrinas monoteístas – cristãs ou judaicas –, porém para todos estes grupos esta noção de passado histórico comum era o mesmo.
Inclusive, creio que a disseminação da fé judaico-cristã contribuiu para o fortalecimento deste mito ismaelita, que, como vimos tem como grande base, ou podemos dizer, como base primária a Bíblia ou a Tora – livro sagrado judaico, contendo apenas os textos do Velho Testamento Bíblico.
Aos quarenta anos de idade, no dia 27 do mês de Ramadã - ano de 610 d.C. - Maomé descreve ter recebido em uma de suas meditações - enquanto estava dormindo em sua gruta solitária do monte Hira – a visita ilustre do Arcanjo Gabriel que lhe ordena a proclamar, a ler, a ser profeta do Deus único, que tudo criou, ‘que fez o homem de um coágulo’. E a partir deste momento vieram a se somar muitas revelações que viriam a compor o Alcorão – livro sagrado muçulmano, considerado verdadeiramente a palavra de Allah.
Os personagens do enredo do Alcorão, salvo poucas exceções, é formado pelos mesmo homens da cujas histórias são relatadas na Bíblia, inclusive por Jesus Cristo. Nos seus imponentes versos, o Alcorão relata-nos uma nova versão deste passado também descrito na Bíblia, colocando a todos como profetas que apontavam para a vinda do ‘selo dos profetas’ que seria Muhammad, inclusive Jesus, que segundo o Alcorão não teria morrido na cruz. Veja como isto é claro no texto do Alcorão:
“(...) E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado. E aqueles que discordam quanto a isso, estão na dúvida, porque não possuem conhecimento algum, abstraindo-se tão-somente em conjecturas; porém , o fato é que não o mataram. Outrossim, Deus fê-lo ascender até Ele, porque é poderoso, Prudentíssimo. (...)”4
Posso afirmar com veemência, a partir destes dados apresentados, que Muhammad recria todo o imaginário, utilizando-se de forma sutil dos mesmos personagens e, apenas nos detalhes, apresentando novos conteúdos, pois o Alcorão descreve Ismael como um profeta de Deus5. Inclusive mostra o agradecimento a Deus feito por Abraão pelos seus filhos, sem dar honras a um em detrimento do outro, supõe que ambos eram iguais6.
No Alcorão ao contrário de ser relatado o abandono de Ismael, se fala da construção da Caaba, nunca relacionada anteriormente a Abraão, como sendo uma obra deste como presente a Ismael e seu povo.
Veja o que o Alcorão fala sobre a Caaba:
“(...) A primeira Casa (Sagrada) erigida para o Gênero humano, é a Caaba, onde reside a bênção servindo de orientação à humanidade. Encerra sinais evidentes: lá está a Estância de Abraão, e quem quer que nela se refugie estará em segurança. (...)”
Uma questão importante resolvida pela restauração, ou recriação, do mito ismaelita foi a própria afirmação e legitimação de Muhammad enquanto profeta de Deus. Muhammad é descendente da tribo dos coraixitas que surgiram na oitava geração dos filhos de Abnan, um dos doze filhos de Ismael.
Outra compreensão que proponho, é que tenha sido desta forma que Muhammad tenha alcançado para a sua fé tanto aos árabes já convertidos ao monoteísmo – que viram no Islã uma espécie de continuação aos escritos hebraicos, inclusive de forma contemplativa, – quanto aos ainda politeístas espalhados em muitas tribos e que acharam em suas revelações uma nova realidade: são descendência de Ismael: são povo escolhido por Deus.
Obviamente a negação feita por Maomé da divindade de Jesus também é um ponto de diferenciação muito imponente, ao compararmos o Alcorão e a Bíblia, e isto ocorre também para justificar Muhammad como profeta, pois se ele aceitasse a hipótese de Jesus ser o Messias, descartava-se a necessidade de haverem novos profetas e aí desabaria o seu poder e importância.
Segundo Bickel:
“(...) os muçulmanos acreditam que não existe grande diferença entre Jesus e Maomé. Eles afirmam que ambos foram profetas do Islã, mas que Maomé veio mais tarde e foi o último profeta, tendo sido aperfeiçoado e, assim, superado Jesus. (...)” (p.68)
Porém, creio que esta questão foi apenas importante para a afirmação do profeta e diferenciação da nova religião, não chegando aos pés da nova versão do mito ‘Ismaelita’ para a consolidação da fé, pois este cativou rapidamente os árabes. Se Muhammad se limitasse a negar a Cristo em suas pregações, talvez o Islã teria sido apenas mais um segmento do judaísmo, sem conquistar adesão das massas.
Analisando todos estes aspectos acima apresentados podemos perceber a forma com que Muhammad incitou o seu povo à uma unidade cultural, a qual foi necessária para a criação de uma unidade política e social: resultado imediato da disseminação do Islã. Onde não havia unidade social alguma, naquele árido deserto, Muhammad faz surgir uma identidade fortíssima de nação, a qual foi base indispensável para a futura expansão do mundo Islâmico.
E mais: um texto de 1981, de uma edição do Correio da Unesco, nos diz que:
“(...) nos treze séculos que se passaram desde sua gênese a religião (islâmica) congrega hoje mais de 800 milhões de adeptos (atualmente 1,3 bilhões), unidos pelo sentimento se pertencer a uma só comunidade. (...)”
Resumindo, Muhammad utilizou-se de prerrogativas do imaginário (consciência) coletivo de passado histórico das populações árabes, principalmente do Ismaelismo - modificando-o – para consolidar a fé islâmica.
Resultado:
O Islã logo se espalhou muito, chegando ao seu auge de expansão no início do século XVI. Neste momento os muçulmanos tinham comunidades e governos espalhados pelo mundo todo, desde Bagdá, Cairo, passando por Atenas e Benares, avançavam na costa e no interior da África, nas savanas, no Saara, no Marrocos. Chegavam à China e dividiram a Índia. Adentravam na Malásia e nas Filipinas, chegando a costear a Europa e inclusive estabelecendo grande comunidade na Espanha.
Segundo Desmond Stewart:
“(...) No apogeu, porém o Império Muçulmano estendeu-se da Espanha até a Índia, superando o ponto de expansão máxima do Império Romano. (...)” (p.7)

SÉCULO VIII

726 - IMPERADOR LEÃO III LANÇA CRUZADA CONTRA A IDOLATRIA
Cito Anglin:
“No ano 726, Leão lV, imperador do Oriente, assustado com o progresso dos maometanos, cujo fim cONhecido era exterminar a idolatria e afirmar a unidade de Deus, come¬çou, por interesse próprio, uma cruzada animada contra a adoração das imagens, e o zelo que mostrou nessa nova empresa logo lhe criou o nome de lconoclasta, que significa quebrador de imagens.’
A maneira como o seu primeiro edito foi recebido mos¬trou de que modo o povo se opunha formalmente a esta obra de reformação; e o resultado foi logo uma guerra civil. Quando apareceu um segundo edito de maior alcance, um oficial a quem Leão determinara que destruisse. uma ima¬gem notável do Salvador, foi, na ocasião em que ia cumprir essa ordem, rodeado por uma multidão de mulheres que lhe pediram que deixasse a imagem; ele, contudo, subiu a escada e ia proceder à obra de destruição, mas foi logo deitado da escada a baixo e feito em pedaços. Não se intimi¬dando com isto, Leão puniu imediatamente os autores do crime, e mandando ali outros oficiais para o mesmo fim, a imagem foi deitada a baixo e demolida.
(...)A rebelião que se seguiu foi prontamente abafada no império oriental pelas medidas rápidas e sanguinárias do imperador, que autorizou uma perseguição. Mas os italia¬nos olharam para aquele ato com horror e indignação, e quando receberam ordem para pôr o edito em prática no seu país levantaram-se todos, e declararam que a sua aliança com o imperador estava acabada. Assim teve lugar a separação final entre as igrejas latina e grega. O poder papal estava há muito a espera disto, e Gregório II viu que lera agora chegada a ocasião e aproveitou o quanto pôde a excitação popular. A sua resposta ao edito, é cheia de ameaças e blasfêmias, e abunda em ditos, os mais absur¬dos, e mostra uma ignorância das Escrituras Sagradas que faria vergonha a uma criança cristã. Por uma confusão ex¬traordinária de nomes, confundiu o ímpio Uzias com o pie¬doso Ezequias, dizendo que "o ímpio Uzias sacrilegamente tinha removido a serpente de metal que Moisés fizera, e a despedaçara!" A sua carta não deixa, contudo, de ser inte¬ressante como prova do espírito sedicioso e ar de desafio com que o bispo respondeu ao seu amo imperial, assim como do sentimento do poder político que enchia o peito do altivo eclesiástico. No final de sua carta chega a atrever-se a fazer a falsa afirmação de que a conduta do impe¬rador em abolir a adoração das imagens estava "em con¬tradição imediata com o testemunho unânime dos anciãos e doutores da igreja, e repugna principalmente a autorida¬de dos seis concílios gerais. Esta afirmação provocou a se¬guinte observação de um historiador católico-romano:
"Em nenhum dos concílios gerais se diz uma palavra a res¬peito de imagens ou de adoração a elas, enquanto ao teste¬munho unânime dos anciãos é igualmente falso o que naquela carta se diz". - .
Há outro dito de um papa igualmente absurdo, pois ele afirma que logo que os discípulos viram a Cristo, "apressa¬ram-se a fazer retratos dele, expondo-os por toda a parte, para que, à vista deles, os homens se pudessem converter do culto de Satanás ao serviço de Cristo".
Gregório morreu pouco depois, mas sucedeu-lhe um ou¬tro Gregório, homem de igual zelo e maldade, que convo¬cou um concílio de bispos, no qual foram confirmadas as pretensões arrogantes do seu antecessor.
Excitado pela insolência do papa Gregório lV, o Impe¬rador Leão armou uma esquadra e mandou-a para a costa da Itália, mas uma tempestade reduziu-a a tal estado que teve de voltar para o porto. Tanto o papa como o impera¬dor morreram pouco depois, no ano 741, e podia-se esperar que tudo sossegasse. Mas não foi assim. As idéias icono¬clastas de Leão, passaram, assim como a sua coroa, para seu filho Constantino V, e a cruzada contra o culto das imagens continuou com o mesmo vigor durante o seu rei¬nado de trinta e quatro anos. O imperador que lhe sucedeu no ano 775 também seguiu os mesmos princípios e política, mas o seu reinado foi de pouca duração. Este imperador, Leão IV, foi assassinado por sua mulher, a imperatriz !re¬ne, que tomou as rédeas do governo no ano 780, em nome do seu filho Constantino VI, que era então uma criança de dez anos. Foi este o sinal para uma mudança na política, e a imperatriz, ligando-se com o papa, tomou logo as suas medidas para a restauração do culto às imagens, sendo este passo muito bem recebido tanto pelos padres como pelo povo.” (p. 97)

732 – A BATALHA DE TOURS RESTRINGE O AVANÇO DO ISLÃ;
O avanço do Islã: 636 Síria e Palestina; 642 Alexandria; 646 Mesopotâmia; 697 Cartago; 711 Península Ibérica e parte da Índia;
Império Romano desmantelado pelas Invasões bárbaras;
Igreja era o único poder que Roma possuía, no sentido de estender-se à outros territórios;
Carlos Martelo, rei dos Francos
Cito Curtis:
“Se não fosse Carlos Martela, todos nós poderíamos estar falando árabe e nos ajoelhando na direção de Meca cinco vezes ao dia. Na região de Tours, Carlos Martela e seu exército franco reverteram o imenso poderio dos exércitos islâmicos que varriam o norte da África e já invadiam a Europa. A batalha de Tours foi importantíssima para a civilização ocidental.” (p.70)

756 – A DOAÇÃO DE PEPINO
Pepino III (Pepino, o Breve) era filho de Carlos Martelo, e havia herdado o trono do pai.
Em 754 havia surgido, pelas mão da Igreja, um documento - que hoje sabe-se ter sido forjado - no qual o imperador Constantino haveria, quando da sua mudança para Constantinopla, doado a parte Ocidental do Império Romano à Igreja. Ou seja, segundo este documento o Ocidente passaria a pertencer ao Bispo de Roma. Este documento ficou conhecido como Doação de Constantino.
Os lombardos estavam invadindo todas as terras ao redor de Roma e ameaçando a cidade, ao que o papa Estevão II pediu socorro ao rei dos francos, que atravessou os Alpes afim de socorrer o papa.
Segundo Curtis:
“Seguindo as idéias da Doação de Constantino, o rei franco Pepino III, filho de Carlos Martelo, decidiu tomar Ravena das mãos dos lombardos e a entregou ao papa. Em 765, a doação de Pepino passava às mãos do papa as terras que, mais tarde, seriam conhecidas como Estados papais.” (p.73)

787 – CONCÍLIO DE NICÉIA
Legitimação da Idolatria por parte da Igreja;
Cito Anglin:
“Em 787 foi convocado um concílio em Nicéia (o sétimo e último concílio geral segundo a igreja grega), e foi resolvi¬do que "como a venerável e vivificante cruz, fossem levan¬tadas as veneráveis e santas imagens ... Quer dizer, as ima¬gens do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo, da imaculada mãe de Deus, dos anjos principais, e de todos os santos e homens bons. Que essas imagens seriam tratadas como memórias santas, adoradas, beijadas, mas sem especial adoração que é reservada ao Eterno. Qualquer que violar esta provada tradição imemorial da igreja, e procurar re¬mover qualquer imagem à força, ou por astúcia, será de¬posto e excomungado se for eclesiástico; se for monge ou leigo será excomungado". Foi depois votada uma maldição sobre todos os que recusassem obedecer a este decreto blásfemo, e o clero reunido exclamou ao mesmo tempo: "Anátema sobre todos que se comunicam com aqueles que não adoram imagens! Glória sempre e eterna aos romanos ortodoxos, a João de Damasco! Glória sempre e eterna a Gregório de Roma!" Este sétimo e último concílio, diz Dean Waddington, "estabeleceu a idolatria como lei da igreja cristã, e assim se concluiu o edifício da ortodoxia oriental".”

800 – SURGE O SACRO IMPÉRIO ROMANO DE CARLOS MAGNO
Segundo Curtis:
“Embora o papa tivesse recebido territórios, ele nunca alcançou de maneira direta, o controle imperial. Este ficaria nas mãos do filho de Pepino, Carlos Magno.
Ao assumir o trono, 771, Carlos Magno deu início a três décadas de conquistas. Ele expandiu as fronteiras de seu reinado para o leste e, no final do seu reinado, controlava a maior parte da Itália, a Borgonha, a Alemanha, a Bavária e a Turgínia. No lado norte, tinha poder sobre a Saxônia, e a Frísia. (...) Pela primeira vez, considerável parte da Europa possuía liderança estável.
Até o Natal de 800, Carlos Magno possuía o título de “rei”. Naquela data, o papa Leão II o coroou imperador. Mais uma vez, parecia que a Europa Ocidental tinha um imperador para seguir os passos de Constantino.
Carlos Magno levou a sério a idéia de que se tornara um imperador cristão, pois todos os seus despachos oficiais se iniciavam da seguinte maneira: “Carlos, pela vontade de Deus, imperador romano”.”(p.73)

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